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Auditor fiscal de SP preso sob suspeita de receber propina pede exoneração

Servidor é investigado por esquema de corrupção envolvendo as empresas Ultrafarma e Fast Shop

Auditor fiscal de SP preso sob suspeita de receber propina pede exoneração
Auditor fiscal de SP preso sob suspeita de receber propina pede exoneração (Foto: Reprodução)

O auditor fiscal da Secretaria da Fazenda de São Paulo Artur Gomes da Silva Neto, preso há duas semanas sob suspeita de conceder benefícios fiscais em troca de pagamento de propina de grandes empresas, pediu exoneração do cargo. Responsável por um esquema de corrupção que movimentou mais de R$ 1 bilhão em pagamento de propina segundo o MPSP (Ministério Público de São Paulo), o auditor mantinha contato direto com o fundador e dono da Ultrafarma, o empresário Sidney Oliveira, e com o diretor estatuário da rede Fast Shop, Mário Otávio Gomes.



Os empresários também foram presos na operação, mas posteriormente foram soltos. Ontem (20), o MPSP pediu e a Justiça determinou a conversão da prisão temporária de Artur em preventiva. Ele segue preso. O auditor é apontado como a figura central e "cérebro" do esquema de corrupção investigado pelo GEDEC (Grupo de Atuação Especial de Repressão à Formação de Cartel, Lavagem de Dinheiro e Recuperação de Ativos Financeiros). Ele ocupava um cargo de destaque na Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, sendo Diretor Superintendente do DIFIS (Departamento de Fiscalização) e Supervisor Fiscal em áreas como ressarcimento de ICMS-ST e comércio varejista.


O MP teve acesso a trocas de e-mails entre Arthur e o empresário Sidney Oliveira, da Ultrafarma, e também entre o auditor fiscal e Mário Otávio Gomes, da Fast Shop. Segundo os promotores, as conversas mostram negociações e trocas de informações para facilitar o esquema de corrupção. As investigações apontam que o fiscal recebia propina para manipular processos administrativos e facilitar com que empresas obtivessem créditos tributários.



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