Obstetra é condenado a mais de 6 anos de prisão por morte de paciente no RS
Médico teria deixado gaze cirúrgica no interior da cavidade abdominal da paciente

Um médico obstetra foi condenado a seis anos e 25 dias de prisão, em regime semiaberto, em razão da morte de uma mulher após o parto, em Parobé (RS). A condenação diz respeito aos crimes de homicídio culposo majorado e falsidade ideológica. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), a morte ocorreu no Hospital São Francisco de Assis, dois meses após Mariane Rosa da Silva Aita, de 39 anos, passar por uma cesariana. O médico teria deixado uma gaze cirúrgica no interior da cavidade abdominal da paciente, em junho de 2023.
Na sentença, a Justiça destacou que os elementos apresentados no processo judicial demonstram a conduta negligente do réu e a inobservância de regras técnicas da profissão.
Segundo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), a morte ocorreu no Hospital São Francisco de Assis, dois meses após Mariane Rosa da Silva Aita, de 39 anos, passar por uma cesariana. O médico teria deixado uma gaze cirúrgica no interior da cavidade abdominal da paciente, em junho de 2023.
Na sentença, a Justiça destacou que os elementos apresentados no processo judicial demonstram a conduta negligente do réu e a inobservância de regras técnicas da profissão.
"O acusado inseriu falsas informações no prontuário da vítima para, além de ocultar o erro por ele cometido, permanecer oficiando na área médica. Ainda, o réu, alterando a verdade real dos fatos, dispensou o material encontrado diretamente no lixo contaminado, o que fez para impossibilitar perícia eventualmente necessária ao deslinde dos acontecimentos", diz o juiz na sentença.
Relembre o caso
Em junho de 2023, Mariane Rosa da Silva Aita foi internada no hospital para a realização do parto. Durante a cesariana, o médico teria deixado uma gaze cirúrgica no interior da cavidade abdominal da paciente.
De acordo com informações do Tribunal de Justiça do RS, a denúncia relata que, dois meses depois, a mulher retornou ao hospital com fortes dores abdominais e foi novamente atendida pelo mesmo profissional. Ele então realizou uma nova cirurgia para retirada do corpo estranho.
No entanto, o homem teria omitido a informação no prontuário médico, registrando falsamente que o procedimento se destinava à retirada de um cisto ovariano.
Segundo o Ministério Público do Rio Grande do Sul, a paciente permaneceu internada até o dia 23 de agosto de 2023, quando faleceu em decorrência de infecção generalizada e insuficiência renal aguda.
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